sábado, 19 de junho de 2010

** ARTIGO: LETRAMENTO, LEITURA E ESCRITA.

Eliane Silveira Gonçalves

Letramento é o resultado de ensinar ou de não aprender só a ler e escrever, mas de adquirir a consciência social da língua e a por em prática para se comunicar. Letrar é dar a criança a possibilidade do contato com vários gêneros de leitura desde cedo para que essa inclusão, da criança com o meio letrado, comece muito antes da alfabetização.

Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; que domina os sígnos da leitura e da escrita, letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que além disso, responde adequadamente às demandas sociais da leitura e escrita e sabe constatar o que está implícito e explícito em um texto seja de qual gênero for.

É o indivíduo que sabe fazer a relação de inferência, movimento, sincronia, dedução, ou seja, sabe estabelecer relações que possam existir nos textos lido, e, não apenas nos textos, mas nas figuras, obras de arte, canções, poesias, entre outros... Pode-se dizer que ser letrado não é apenas ter autonomia da escrita e da leitura e sim cultivar e exercer práticas sociais do uso da escrita.

O letramento passa antes de tudo pela capacidade da metacompetência para a leitura que é a chave para novas aprendizagens. Passa pelo prazer de ler de construir sentidos e apropriar-se das novas linguagens e dos novos conhecimentos.

A alfabetização no sentido próprio da palavra, passa pelos processos de aquisição dos códigos da escrita e das habilidades da leitura. É a apropriação das tecnologias do ler e do escrever. Para alfabetizar de fato um indivíduo é necessário letrá-lo, dar a ele condições de ir além de apenas ler e escrever, mas acima de tudo entender o que está lendo, interpretar o que está diante dele, fazê-lo letrado, autônomo, diante do que está intrínsico nos códigos da leitura e escrita.

A alfabetização envolve o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização promove a socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso à bens culturais e facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.

Apropriar-se da leitura e da escrita é fundamental para aprender a conhecer os variados gêneros de leitura que o indivíduo possa ter em seu meios social e cultural. O indivíduo letrado passa a caracterizar quem domina a leitura, ou seja, quem não sabe só ler e escrever, mas quem faz uso competente e frequente da leitura e da escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentido da alfabetização.

O nível de letramento é determinado pela variedade  de gêneros de textos escritos que a criança ou o adulto reconhece. A criança que vive em um ambiente em que se lêem livros, jornais, revistas, bulas, receitas, e outros tipos de literatura, ou que se conversa sobre o que se leu, em que uns lêem para os outros em voz alta, lêem para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações, o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são letrados, nem tem a oportunidade de terem pessoas  no seu convívio que lhe ofereçam este mundo letrado.

Quando a criança tem contato desde muito cedo com vários tipos de textos pode-se dizer que esta criança esta inserida em um mundo onde a apropriação das tecnologias para ler e escrever, a alfabertização, acontecerá naturalmente.

Para sistematizar a apropriação da alfabetização/letramento deve-se antes de tudo criar condições para que o indivíduo esteja inserido em um mundo escolar, familiar, social onde o acesso à leitura se dê de fato.

Para a criança sistematizar sua aprendizagem e letramento vem em primeiro lugar a preocupação da família em dar oportunidades ao maior acesso possível aos diversos tipos de leitura que se pode ter desde cedo.

Sem dúvida a escola é o segundo lugar onde a criança deve ser inserida a um ambiente alfabetizador  ou de um contexto de cultura escrita oferecido pelas formas de organização da sala e de toda a escola, capaz de disponibilizar aos alunos a familiarização com a escrita e a interação com diferentes tipos, gêneros, portadores e suportes, nas mais diversas formas de circulação social de textos.

Um ambiente alfabetizador passa pela facilidade do acesso à criança na exposição de livros, dicionários, revistas, rótulos, publicidade, notícias do próprio ambiente escolar, e de periódicos da comunidade ou do município, cartazes, relatórios, registros de eleições, e muitas outras possibilidaees que permitam a inserção dos alunos em práticas sociais de letramento.

É inconcebível que um cidadão possa realmente exercer seu papel social,se não dominar sua língua, seus códigos e principalmente sua criticidade em relação ao que é lido. A sociedade necessita de pessoas que se articulem com o mundo e dominem a linguagem universal.

Daí a importância do educador, pesquisador social, atualizar-se, trocar experiências e enriquecer sua prática para conseguir o objetivo tão esperado da Educação: a formação global do ser humano.

Portanto não basta alfabetizar, é preciso alfabetizar com significado. O aluno, centro do processo, necessita dominar, sistematizar seu idioma apropriando-se dele para transformar sua vida e de seu próximo. 

**ARTIGO: AFETIVIDADE E COGNIÇÃO

INTRODUÇÃO

A idéia de pesquisar o tema: Afetividade e Cognição: o processo de ensino – aprendizagem nas Séries Iniciais, surgiu em decorrência de há alguns anos atrás termos trabalhado com Alunos das series inicias em uma escola publica; e para fundamentarmos melhor nossa pesquisa nada melhor do que nos basearmos nas teorias de Piaget, Wallon, Vygotsky e outros.

Tivemos a oportunidade de manter um contato mais estreito com a obra dos três proponentes do construtivismo, quando tivemos a oportunidade de estudarmos a disciplina de Teorias do Conhecimento e da Aprendizagem no curso de pós-graduação.

Posteriormente, estes estudos se tornar material referencial essencial no que concerne à educação infantil; e durante todo o curso de pos graduação tive a oportunidade de refletir e pesquisar as reais contribuições da psicologia para a educação de forma a desenvolver capacidades e habilidades para a minha gestão. Pensando nisso surgiu à questão: Como se da o processo de afetividade / cognição e aprendizagem com as crianças até 12 anos de idade?

O estudo da psicologia aplicado na educação tem sido abordado por muitos autores, que fazem uma releitura dos três principais teóricos comentados nesse artigo, em vários países, inclusive no Brasil onde se tem proliferado cursos de especialização em Psicopedagogia como o público alvo para educadores e psicólogos.

Nos últimos anos ouvimos falar muito em uma nova forma de atuar na área pedagógica sob a luz da psicologia. Inúmeros autores vêm ganhando destaque nas academias com trabalhos voltados para esse tipo de abordagem focado nos processos psicológicos e comportamentais da criança em desenvolvimento.

Estudos na área de desenvolvimento humano têm mostrado como questões afetivas e cognitivas influenciam diretamente no processo ensino-aprendizagem. Dentre os teóricos construtivistas enfatizados nesse artigo, Wallon e Vygotsky são proeminentes no estudo de como essas duas faculdades, agindo de forma dialética, contribuem no desenvolvimento do ser humano.

Levando em consideração esse processo, surgiram alguns questionamentos como:

a) Quais as contribuições que Piaget, Wallon e Vygotsky trouxeram para o desenvolvimento cognitivo no processo de desenvolvimento humano?;

b)Como a afetividade influencia no processo cognitivo?;

c)De que forma a escola pode atuar nessa perspectiva psicopedagógica?



Para responder as questões, primeiramente serão analisadas as teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon separadamente, levando em conta as contribuições para o campo educacional, abordando o processo de cognição e afetividade sob a ótica dos três estudiosos, concluindo assim a perspectiva psicopedagógica e a escola.

A pesquisa será desenvolvida através de coleta de dados por meio de pesquisas bibliográficas, sites que tratam do assunto na Internet e nossa experiência com a docência.

I-O PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO:

UMA QUESTÃO PSICOPEDAGÓGICA.

O estudo da psicologia aplicada na educação tem sido intensa nos últimos anos sob a luz de alguns teóricos, dentre eles Piaget, Vygotsky e Wallon que serão aqui abordados separadamente. A escola é o segundo grupo da escala social mais importante na vida das crianças. Hoje, boa parte delas, ingressam nas instituições aos 2 anos de idade.

Para o professor é de fundamental importância a compreensão do desenvolvimento humano nos primeiros anos de vida. Esse conhecimento capacita o educador, tornando-o apto a entender as características psíquicas, biológicas e comportamentais da criança em uma fase específica do seu crescimento, possibilitando o reconhecimento de possíveis deficiências no processo, bem como a devida intervenção.

Aspectos cognitivos / afetivos começam a se formar nessa idade e o professor deve estar preparado para atuar, conhecendo os estágios os quais os estudantes passam para que o processo de ensino-aprendizagem se faça.

Durante muitos anos, a dificuldade de aprendizagem era vista como problema orgânico. Depois da aplicação de teorias psicanalíticas na área médica essa visão foi modificada com as novas concepções sobre tais dificuldades. No Brasil, essa corrente psicanalítica foi divulgada pelo médico Arthur Ramos que por muito tempo foi o único a ter publicado no país obras relacionadas à dificuldade de aprendizagem.

Não se pode deixar de falar no movimento da Escola Nova que durou dos anos 20 até 60. Por meio de experiências educativas existentes nos Estados Unidos e na Europa, o Brasil se empenhou em encontrar respostas para os problemas educacionais que buscava enfatizar uma pedagogia humanística.

Os processos individuais da aprendizagem interessavam somente na medida que facilitassem uma tarefa pedagógica que se propunha a desenvolver ao máximo as potencialidades humanas... Todavia, ao atribuir as causas dos problemas de aprendizagem apenas a fatores individuais – físicos ou psicológicos – a Escola Nova esquecia-se de que esse projeto seria inviável em uma sociedade dividida em classes, regida por determinantes econômicos, políticos e sociais mais amplos. (SCOZ, 2004:21-22).

Só a partir da década de 80 a psicopedagogia conseguiu se estruturar graças a sua funcionalidade e eficiência ao tratar com dificuldades de aprendizagem, atuando de forma direta nas escolas de todo o mundo.

O processo de ensino-aprendizagem vai além dos conteúdos didáticos. É necessário conhecer e acompanhar individualmente o desenvolvimento de cada criança durante o período escolar para que seja proporcionada a cada estudante uma metodologia que facilite seus desenvolvimentos afetivos, cognitivos e motor.

A seguir, veremos as contribuições de Piaget, Vygotsky e Wallon para a educação baseado nas suas teorias de desenvolvimento humano.

 
II- ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PARA PIAGET

O estudo do desenvolvimento do ser humano constitui uma área do conhecimento da Psicologia cujas proposições nucleares concentram-se no esforço de compreender o homem em todos os seus aspectos, englobando fases desde o nascimento até o seu mais completo grau de maturidade e estabilidade. Tal esforço, conforme mostra a linha evolutiva da Psicologia, tem culminado na elaboração de várias teorias que procuram reconstituir, a partir de diferentes metodologias e pontos de vistas, as condições de produção da representação do mundo e de suas vinculações com as visões de mundo e de homem dominantes em cada momento histórico da sociedade.

Um breve histórico de Jean Piaget (1896 – 1980) nasceu em Neuchâtel, na Suíça e morreu em Genebra deixando uma obra de mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos. Estudou Biologia e Filosofia na Universidade de Neuchâtel. Após se formar, trabalhou como psicólogo experimental em Zurich, onde freqüentou as aulas ministradas por Jung.

Piaget influencia-se com os métodos informais de psicologia como as análises, entrevistas e conversas com pacientes, passando a combinar com a psicologia experimental que é o estudo formal e sistemático. Em 1919, ele muda-se para a França e passa a trabalhar com Alfred Binet, que era um renomado psicólogo infantil tendo desenvolvido teses de inteligência padronizadas para crianças. Nessa época, Jean Piaget inicia seus estudos experimentais sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Em 1921, Piaget torna-se diretor de Estudos no Instituto J.J. Rousseau da Universidade de Genebra, onde começa a observar crianças brincando e registra suas ações, palavras e processos de raciocínio. Mas, boa parte da sua obra foi baseada nas observações que fez durante o desenvolvimento das suas próprias filhas.

Piaget desenvolveu estudos científicos em diversos campos como a psicologia do desenvolvimento, epistemologia genética e a teoria cognitiva. O seu trabalho mostra que ao observarmos cuidadosamente o desenvolvimento do comportamento na criança, é possível compreendermos a natureza do conhecimento humano e sua evolução. Sua teoria foi formulada baseada no estudo de que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que substituem uma às outras por meio de estágios, ou seja, a lógica e;

a forma de pensar de uma criança se difere da dos adultos.

O pesquisador identificou quatro estágios de evolução mental que ele classificou de sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. Cada um desses estágios é um período onde o comportamento e o pensamento infantil possui uma forma peculiar de raciocínio e conhecimento.

O sensório-motor é o primeiro estágio que dura do nascimento até o 18º mês aproximadamente, a criança procura observar os objetos que a rodeia e passa a ter controles motores, adquirindo conhecimentos empíricos que são controlados por informações sensoriais imediatas. A principal característica desse período é a ausência da função semiótica. A inteligência é trabalhada por meio de percepções e ações, como o deslocamento do próprio corpo. A linguagem começa por repetição de silabas e vai até as palavras que não são frases, mas indicadores de ações já que não representa mentalmente os objetos. A criança nessa fase reage a isolamento e indiferença quanto a sua conduta social, pois acredita que o mundo é apenas ela mesma.

O segundo estágio é o pré-operatório que dura do 18º mês aproximadamente até o 8º ano de vida, a criança procura desenvolver a habilidade verbal. Aqui, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, embora ainda não consiga coordenar operações fundamentais. De 2 a 4 anos a criança vive o período simbólico, ou seja, a função semiótica permite o surgimento da imitação, linguagem, dramatização, desenho, etc., criando imagens mentais na ausência do objeto ou da ação. É conhecido também como o período da fantasia e do jogo simbólico.

A linguagem está no nível de monologo. Todas as crianças falam ao mesmo tempo sem ter uma linearidade com o que o outro está dizendo. Piaget denomina algumas expressões verbais delas como nominalismo (nomear objetos que ainda não saibam o nome), egocentrismo e superdeterminação (teimosia). Dos 4 a 8 anos as crianças vivem o período intuitivo que é marcado pelo desejo de explicação dos fenômenos, onde “os por quês” são freqüentes. Aqui elas já distinguem a fantasia do real.

O estágio operatório concreto dura entre 8 a 12 anos de vida aproximadamente, onde as crianças começam a lidar com conceitos abstratos e é caracterizado por uma constante habilidade de solucionar problemas concretos e por uma lógica interna. O sujeito já é capaz de organizar o mundo da forma lógica ou operatória. Nesse momento as crianças formam grupos, círculos de amizades, compreendendo regras e estabelecer compromissos. Mas, discutir pontos de vista e chegar a um senso comum só será possível na fase seguinte.

O último estágio é o operatório formal. Aqui, a criança inicia sua transição para o modo de pensar do adulto, sendo capaz de refletir sobre idéias abstratas e raciocinar sistematicamente. A partir de estruturas lógico-matemático e hipotético-dedutivo é possível a dialética, permitindo uma conclusão diante uma discussão e estabelece relações cooperativas e reciprocidade em grupos sociais.

De acordo com a teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual possui dois componentes que são o cognitivo e o afetivo. Ambos se dão paralelamente e é de fundamental importância o cuidado com o aspecto afetivo no processo de ensino-aprendizagem, pois ela é a dimensão que representa a dificuldade na tomada de consciência do eu e do outro.

III- COMO SE DÁ DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO VYGOTSKY

 
Em 15 de novembro de 1896, na cidade de Orsh, em Bielarua, hoje, União Soviética nasceu Lev Semenovich Vygotsky. Ele deixou contribuições significativas para a psicologia, linguagem, educação, neurologia entre tantos outros, vindo a falecer em 1934, vítima de tuberculose no mesmo país em que nascera.

Sua teoria fundamenta-se no desenvolvimento humano como resultado de um processo sócio-histórico, uma maior importância ao papel da linguagem e da aprendizagem, tendo como centro das atenções a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.

Segundo a concepção teórica de Vygotsky, parece-nos que as dificuldades de aprendizagem podem ser explicadas segundo a lei da dupla formação, cuja explicação é: no desenvolvimento dos indivíduos qualquer função mental aparece duas vezes, primeira em nível social e depois em nível individual. Em outras palavras, primeiro entre pessoas (daí a importância da mediação) e depois no interior do próprio aprendiz (pela internalização do conhecimento construído).

Com base nessas premissas, as dificuldades podem ser geradas desde fora do sujeito, na mediação (que inclui a inadequação dos instrumentos ou signos utilizados) ou, ainda, no interior do próprio aprendiz, devido a algum problema biológico ou conseqüência psicológica das suas relações com o ambiente.

Para Vygotsky (1988), a formação de conceitos se da entre as relações entre o pensamento e a linguagem, questões culturais na construção de significados, processo de internalização e ao papel da escola enquanto transmissora de conhecimentos. Ele propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores tais como a internalização mediada pela cultura.

Segundo o estudioso, existe a Zona de Desenvolvimento Proximal, que diz respeito a distancia entre o nível de desenvolvimento atual e o nível potencial do desenvolvimento. A idéia de Mediação enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por varias relações.

A linguagem representa uma grande importância para a evolução humana. É por meio dela que criamos conceitos, formas de organização do real, a mediação entre sujeito e o objeto do conhecimento. É na Cultura que é fornecido ao ser humano o sistema simbólico de representação da realidade, que estão em constante progresso de recriação e reinterpretarão de informações, conceitos e significações.

Para o funcionamento do psicológico, o desenvolvimento do processo de internalização que envolve uma atividade externa que deve ser modificada para se tornar uma atividade interna, é interpessoal e se torna intrapessoal. A interação social se da no pensamento, memória, percepção e atenção. A motivação, a necessidade, impulso, emoção e afeto, parte através do pensamento.

Segundo Vygotsky (1991), o domínio dos instrumentos de mediação, inclusive sua transformação por uma atividade mental, é a atividade do sujeito, que não é apenas ativo, mas interativo, pois ele forma e constitui conhecimentos a partir das relações intra e inter pessoais.

Acredita que na troca com outros sujeitos vai-se internalizando conhecimentos, papeis e unções sociais, o que possibilita a formação de conhecimentos e da própria consciência. A escola é onde a intervenção pedagógica interacional desencadeia o processo ensino-aprendizagem.

 
IV - ASPÉCTOS AFETITIVOS SEGUNDO WALLON

 
Henri Wallon nasceu na França. Teve uma sólida formação acadêmica em medicina, psiquiatria e filosofia. Suas obras se voltam para a educação com o objetivo de uma reforma no sistema educacional francês opôs a 2ª guerra mundial.

No primeiro momento, dedicou-se à psicopatologia e depois ao desenvolvimento da criança, tendo a consciência como fundamental questão, buscando entendê-la pela sua gênese. Sua teoria aponta para dois fatores que constitui condições para cada estágio que são os fatores orgânicos e sociais. Essas características se dão em cada estagio em determinada cultura e época. Wallon (2000) aponta cinco estágios de desenvolvimento que são o impulsivo emocional, sensório motor e projetivo, personalismo, categorial e puberdade e adolescência.

O estágio impulsivo emocional vai até o 1º ano de vida e se divide em duas fases. A primeira é chamada de impulsiva que começa no momento do nascimento e dura até o 3º mês de vida, onde a exploração do próprio corpo em relação as suas sensibilidades externas e internas são explorados por meio de movimentos bruscos e desordenados que expressam bem ou mal estar. Na segunda fase que vai do 3º mês ao 1º ano é chamado de emocional, onde já reconhecem sensações como o medo e a alegria, ou seja, é capaz de se comunicar com o próprio corpo.

O estágio sensório motor dura do 1º ao 3º ano de vida. Aqui a criança já percebe o espaço físico ao sentar, pegar e apontar, acompanhados pela fala. Ela já descrimina objetos, separando-os entre si e isso a prepara para o afetivo e cognitivo no próximo estágio.

No estágio do personalismo que começa aos 3 anos e vai até o 6º ano de vida aproximadamente, a criança distingue-se do outro por meio de uma exploração de si mesmo como alguém diferente do outro, construindo sua subjetividade por meio de atividades de oposição e ao mesmo tempo sedução a outras pessoas.

O estágio categorial começa no 6º ano e vai até o 11º ano de vida. Nesse momento a criança está em condições de exploração mental do mundo físico por meio de classificação, agrupamento, seriação, abstração e chega ao pensamento categorial que é a organização do mundo físico e compreensão mais nítida de si mesmo.

O último estágio foi classificado por Wallon como estágio de puberdade e adolescência, começando ao 11º ano onde o sujeito se prepara para a vida adulta passando por crises de exploração de si mesmo como uma identidade autônoma, auto-afirmação, questionamentos existenciais e ao mesmo tempo submete-se a valores impostos pela sociedade e pela família embora não compreenda ou aceite. As categorias cognitivas aqui possuem um alto nível de abstração que possibilita discriminação de limites, autonomia e dependência. Mudanças no corpo e na personalidade causam conflitos diante de si mesmo.

A teoria nos aponta, então, conjuntos funcionais que atuam como uma unidade organizadora do processo de desenvolvimento. O afetivo, o motor e o cognitivo se relacionam entre si profundamente, a cada momento, e dá resultado a pessoa individual. (MAHONEY, 2000:17).

Em todas as fases, os aspectos motor, afetivo e cognitivo reagem a estímulos internos e externos, traduzindo a passagem do sincretismo para a diferenciação que está presente no processo de desenvolvimento. O afetivo se origina na interseção e propriação que são responsáveis pela atividade generalizada do organismo.

CONCLUSAO

Concluímos, portanto que, na perspectiva psicopedagógica, os autores: Piaget, Vygotsky e Wallon contribuem com suas teorias de forma significativa e eficaz para a compreensão do desenvolvimento humano no processo de ensino-aprendizagem nas séries iniciais.

Jean Piaget (1996) oferece aos professores uma teoria didática para que possam desenvolver as capacidades e habilidades cognitivas e afetivas nos alunos por meio de estímulos. É de suma importância a definição dos períodos de desenvolvimento da inteligência para que auxilie o professor no entendimento da fase que seus alunos estão passando e montando uma didática para específica par o grupo.

Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécie de ‘técnico de time de futebol’, perdendo seu ar de ator no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia começa a transformar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e sociológicas). Onde houver professor ‘ensinando’ ... ai não está havendo uma escola peagentiana! (LIMA,1980:131).
Baseado na teoria de Vygotsky (2004), o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto de estudo, interferindo no processo de aprendizagem, levando em conta aspectos da linguagem, cultura, processo de internalização, função mental e zona de desenvolvimento proximal. O aluno aprende junto a outro o que produz o grupo social seja na linguagem, valores ou conhecimentos.

Wallon (2000) propõe uma teoria pedagógica tendo o “meio” como um conjunto de circunstancias no qual as pessoas se desenvolvem interagindo com o outro. A escola deve ser considerada indissolúvel na relação da criança com a sociedade e manter o equilíbrio entre elas, favorecendo a auto-estima do estudante, tendo na sala de aula como uma oficina de convivência.

Dessa maneira, o artigo aqui apresentado sugere que o professor compreenda as teorias do desenvolvimento humano e ter atitude de investigador do aluno e da sua prática por meio de pesquisas na área psicopedagógica.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

VYGOTSKY, L.S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, Ícone Editora, 1988.

VYGOTSKY, L.S. A formação Social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

MAHONEY, Abigail, ALMEIDA, Laurinda. (orgs). Henri Wallon: Psicologia e educação. São Paulo, Editora Loyola, 3ª edição, 2000.

FLAVELL, John H. A psicologia do desenvolvimento de Jean Piaget. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 5ª edição, 1996.

SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. Petrópolis, Editora Vozes, 11ª edição, 2004.

LURIA, A.R. Desenvolvimento Cognitivo: seus fundamentos culturais e sociais. São Paulo, Ícone Editora, 3ª edição, 2002.

CHIABAI, Isa Maria. A influência do meio rural no processo de cognição de crianças da pré-escola: uma interpretação fundamentada na teoria do conhecimento de Jean Piaget. São Paulo, 1990. Tese (Doutorado), Instituto de Psicologia, USP.

LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget para principiantes. 2ª ed. São Paulo: Summus, 1980. 284p.

PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.





**ARTIGO: O LÚDICO E A MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

**ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA, NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO

**ARTIGO: A IMPORTÂNCIA SOCIAL DAS CIÊNCIAS NATURAIS DE ACORDO COM OS PCNs

**ARTIGO: AS TEORIAS QUE FUNDAMENTAM A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

**ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL

INCLUINDO ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO FUNDAMENTAL

**ARTIGO: EDUCAÇÃO INFANTIL E INFÂNCIA

EDUCAÇÃO INFANTIL E INFÂNCIA


Eliane Silveira Gonçalves

A partir do tema Educação infantil e Infância procurarei, além de colocar em palavras o meu sentimento de consternação diante do que já se viu e o que ainda se vê na educação infantil e naquilo que deveria ser a real infância, direito de todo cidadão-criança, abordar ainda o quanto a infância passou por diversas percepções diferenciadas chegando ao que hoje chamamos de direito adquirido às crianças de 0 a 6 anos segundo a Constituição Federal de 1988. Mencionarei também que quando falo em consternação, falo fazendo referencia ao ECA , que ao meu ver ajudou em muitas coisas, mas também atrapalhou, e muito, no entendimento do que vem a ser direitos e o que vem a ser deveres desses jovens (crianças) e adolescentes.

A Educação infantil é o momento de interação da criança com o mundo, com todos os que a cercam e com ela mesma. Com isso, o desenvolvimento da criança deve ser acompanhado desde o nascimento, lá no seio da família, pois é ali que vai fazer as primeiras relações de afetividade e de reconhecimento do mundo em que acaba de ser inserida.

Ao ingressar na escola a família ainda é a sua maior referencia, mas aos poucos o envolvimento com outras crianças e mesmo com os profissionais que encontrará lá, ira moldar uma nova criança-cidadão, que receberá a influencia daqueles com quem ira dividir aquele espaço. É nesse espaço, onde favorecerá a aprendizagem social com as regras sociais e com os padrões sociais.

A Educação infantil possui um papel fundamental na co-formação da personalidade da criança. Co-formação, pois esta será feita pela família e pelas interações sociais em que esta criança estiver inserida. É ali também, na escola, que a criança aprenderá a cooperação, a solidariedade, o companheirismo vivendo o coletivo com pessoas que não são de sua família, ou seja, pessoas com quem não teve afinidade desde o nascimento, mas é ali também onde vai formar o seu eu psíquico.

A Educação infantil é um direito adquirido para as crianças de 0 a 6 anos a partir da Constituição de 1988, mas é importante ressaltar que isso não tira o dever da família de educar esta criança para o mundo e para as interações sociais que ira fazer em sua caminhada pela vida. O que vemos hoje são crianças cada vez mais a mercê da instituição do que da família de direito o que esta transformando nossas crianças e adolescentes em pessoas difíceis de lidar, de educar, de conviver.

DIREITO À INFÂNCIA

Historicamente já vimos que o direito à infância já foi alterado pela sociedade de diversas formas sendo para benefício da própria sociedade seja para benefício da criança. Desde os tempos em que a criança era vista como um adulto em miniatura até os dias de hoje, onde ela começou a ser vista como um ser social, único e com suas próprias características e pensamentos, muitas coisas mudaram apesar de algumas terem mudado para pior, para a criança em questão.

A infância deveria ser o momento onde a criança passaria por todo tipo de descobrimentos sobre o mundo através das brincadeiras, do convívio com amigos, das relações com seus familiares incluindo seus avós, parte importante na aquisição de caráter e formação das relações de afeto favoráveis a um crescimento feliz e sem grandes danos ao seu psiquismo.

Infelizmente, a nossa sociedade mudou tanto que as famílias estão cada vez menos com seus filhos, fazendo com que estes se vejam obrigados a ser “educados” pela TV, o que é nocivo a formação de caráter em tão tenra idade, pois desde muito cedo as crianças se vêem sozinhas enquanto seus pais precisam trabalhar cada vez mais para poder oferecer as coisas materiais que a própria TV dita, impõe, que temos que ter para sermos felizes.

ONDE FICOU O LAÇO FAMILIAR?

Onde se perdeu a parte boa de ser criança? Poder brincar, correr, cair, chorar e chegar em casa e ser recebido por um abraço afetuoso com a certeza que ali teria aconchego e cuidado. Onde ficou a família que dava suporte para a criação de filhos sadios, fortes e responsáveis? Onde está o gosto dos pais em fazer parte da vida de seus filhos, cuidar de seus deveres escolares, saber quem são seus amigos, fazer passeios juntos ou simplesmente sentarem-se à mesa para uma refeição onde todos possam interagir, falar de seus sentimentos, seus sonhos, sem a intervenção da TV ligada, e cada um comendo com os olhos pregados no que dizem que devem ser, fazer e ter se quiserem crescer fortes e felizes?

Eu mesma já passei por uma situação constrangedora quando trabalhava em um CI, e alguns pais se reuniram para exigir que o CI ficasse aberto até às 11h da noite porque senão eles não teriam tempo para ir ao supermercado sem que seus filhos os atrapalhassem!!!!! Os pais perderam o elo de amor e afeto com os filhos achando que trabalhando o maior tempo possível para dar tudo o que os filhos pedem estão fazendo a coisa certa.

Sabemos que as leis foram necessárias para “educar” e sociedade que sem elas não conseguiriam sobreviver em harmonia a exemplo dos semáforos, só existem porque motoristas X motoristas e motoristas X pedestres não se entendem. Assim também o ECA foi criado para que as crianças tivessem direito a um direito que já nasce com ela, o de ser feliz, ter uma família, saúde, educação e infância.

DIREITO À EDUCAÇÃO

Este é outro problema que encontramos hoje, a necessidade de se ter um direito que deveria ser natural ser assegurado por uma Constituição. Segundo Wolff ( p. 65. 2008): É na década de oitenta, mais precisamente com a Constituição Federal de 1988, que se estabelece um caráter diferenciado para a compreensão da infância, impondo-lhe uma dimensão de cidadania. A educação da criança de 0 a 6 anos, seja em creches ou pré-escolas, está vinculada necessariamente ao atendimento do cidadão-criança; a criança passa a ser entendida como sujeito de direitos e em pleno desenvolvimento desde seu nascimento.

Mas que educação é esta que esta sendo oferecida as crianças de 0 a 6 anos? Será que ela esta realmente suprindo os direitos assegurados também em relação à infância? Ao brincar, ao descobrir o mundo de modo lúdico e pessoal, de fazer suas próprias descobertas e poder também socializar com seus pares aquilo que já sabe, já descobriu.

São inúmeras leis e estatutos que encontramos para assegurar direitos às crianças e adolescentes, como por exemplo: Constituição Federal de 1988, ECA, PNE , documento de Política Nacional de Educação infantil – MEC, LDB , entre outros. Mas nas escolas encontramos essa educação tão apregoada em tantos estatutos e leis? Nossas crianças estão realmente sendo educadas de acordo com o que preza o que é natural para a infância, brincar, descobrir, socializar, questionar? Segundo Wolff (p. 74. 2008):

Em função das particularidades do desenvolvimento da criança de zero a seis anos e do atual contexto social, uma nova concepção de educação para esta faixa etária esta sendo consolidada. O que impõe um redimensionamento sócio-político das instituições de Educação infantil (creche e pré-escola), sendo imprescindível uma perspectiva educacional-pedagógica adequada às especificidade da criança de 0 a 6 anos, diferenciando-se do modelo adotado pela escola de ensino fundamental.

É de suma importância que nossas instituições de ensino infantil se preocupem em trabalhar nas crianças os desenvolvimentos emocionais, físicos e intelectuais, mostrando a importância de se respeitar o meio ambiente em que vivemos e mostrar as desigualdades sociais e culturais para que ela possa crescer com uma visão humanitária e possa assim descobrir novos alicerces em relacionamentos éticos, político e afetivos.

DEVERES

Se temos direitos temos em contrapartida os deveres. Deveres estes que deveriam ser respeitados por todos desde o nascimento até nossa morte. Infelizmente não é isto que vemos em nossa sociedade carcomida de pensamentos antiéticos.

Com o ECA temos todos os direitos estabelecidos para as crianças de 0 a 12 anos e adolescentes dos 12 até aos 18 anos. Pena é que esta lei esteja sendo usada pelas próprias crianças e adolescentes para poder incorrer em atos ilícitos som ônus para eles, ou seja, muitas crianças afrontam seus pais e professores não acatando ordens nem tão pouco respeitando limites em prol de um direito adquirido que nem mesmo eles sabem de fato qual é.

A parte boa do ECA ficou em segunda mão e o que se vê são atitudes desregradas, crianças que não sabem mais brincar a não ser num mundo cada vez mais restrito onde eles se relacionam apenas com máquinas, jogos nos computadores cada vez mais nocivos e agressivos.

Muitos pais chegam às escolas se dizendo incapacitados para educar seus filhos, deixando nas mãos das instituições de ensino o que deveria ser de dever da família corrigir. Quando falei em onde anda o laço familiar que educava, que preparava para a vida, que dava limites, que dava suporte para que a criança crescesse e fosse um cidadão honesto e correto, estava justamente querendo chegar nesse ponto. Quando a família não da mais conta de seus filhos a infância que tantos querem assegurar vai sendo absorvida por vidas desregradas, aluno sem vontade de estudar, de jovens infelizes que se atiram às drogas por não saber onde se perderam no caminho de suas vidas.

Enfim a infância de nossas crianças esta passando por uma nova etapa de mudanças como tantas que já tiveram desde o começo da humanidade e também a educação infantil esta tentando a todo custo recuperar o gosto pela vida, pela boa educação, pelo gosto da leitura, pelo aprender a aprender brincando, coisa que deveria ser natural em cada criança como já foi um dia.

CONCLUSÃO

Toda essa discussão sobre Educação infantil e infância vai passar por muitas mudanças ainda e muito mais discussão deverá se ter para chegarmos a um consenso de que uma vez que os pais, as famílias não dão mais conta de seus filhos e que com isso a infância de direito dessas crianças esta se tornando cada vez mais raro por conta de que elas não brincam mais, não criam mais, não sonham mais, não acreditam em contos de fada, tudo é muito desvendado, permissivo, erotizado fazendo com que a infância se torne cada vez menor se restringindo apenas a criança de berço, que não anda, que ainda não fala, pois cada vez mais estamos voltando ao tempo em que a sociedade via a criança como um adulto em miniatura, agora é a própria criança que quer ser este adulto em miniatura.

Cada vez mais cedo nossas meninas param de brincar de bonecas, nem mesmo nas creches elas querem participar desse tipo de brincadeira, querem ser a Xuxa, a Angélica, a Super herói do momento, querem namorar, se maquiar e usar roupas que mostrem o corpo para chamar a atenção dos meninos, enquanto que os meninos estão cada vez mais num mundo enclausurado de videogames, lan haus, orkut para ter acesso a toda sorte de conteúdo que deveriam passar pela orientação dos pais, mas infelizmente não o são.

As instituições de ensino infantil tentando a todo modo retroceder essa realidade tentando encontrar meios para chamar a atenção dessas crianças para o lúdico, para o belo, para o misterioso para poder assim dar a elas o que é delas de direito natural, uma infância feliz e capaz de fazer adultos honestos, criativos, participativos, honrados e responsáveis.


REFERÊNCIA

WOLFF, Celi Terezinha. Organização do trabalho pedagógico na educação infantil. Indaial: ASSELVI, 2008.

**ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DO ATO DE CANTAR PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA CRIANÇA


**ARTIGO: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


** ARTIGO: A GRAMÁTICA E SUAS IMPLICATURAS