quarta-feira, 27 de julho de 2011

Audiência Pública-Dia do Autista 2011


Autismo

AUTISMO- alteração "cerebral" e/ou "comportamental" que afeta a capacidade da pessoa comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia.
Conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo ou seja existem perturbações das relações afetivas com o meio.
A maioria das crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de sons ou palavras), inversão pronominal, entre outros.

Mais sobre a SA

Síndrome de Asperger, também chamada "Desordem de Asperger", é uma categoria relativamente nova de desordem de desenvolvimento. O termo entrou em uso geral nos últimos 15 anos. Embora um grupo de crianças com esse quadro clínico tenha sido descrito originalmente, de uma forma muito acurada, na década de 1940 por um pediatra vienense, Hans Asperger, a síndrome de Asperger foi oficialmente reconhecida no "Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Desordens Mentais" pela primeira vez na quarta edição, publicada em 1994.

Síndrome de Asperger é o termo aplicado ao mais suave e de alta funcionalidade daquilo que é conhecido como o espectro dos Transtornos Invasivos (presentes e perceptíveis a todo tempo) do desenvolvimento (ou espectro de autismo). Como todas as condições ao longo do espectro, parece representar uma desordem de desenvolvimento neurologicamente fundamentada, muito freqüentemente de causa desconhecida, na qual há desvios e anormalidades em três áreas do desenvolvimento: relacionamento social, uso da linguagem para a comunicação e certas características de comportamento e estilo envolvendo características repetitivas ou perseverativas sobre um número limitado, porém intenso , de interesses . É a presença dessas três categorias de disfunção, que pode variar de relativamente amena a severa, que clinicamente define todos os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, de SA até o autismo clássico.
Todos os estudos concordam que a síndrome de Asperger é muito mais comum em rapazes que em garotas. A razão para isso é desconhecida. SA é muito comumente associada com outros tipos de diagnóstico, novamente por razões desconhecidas, incluindo: "tics" como a desordem de Tourette, problemas de atenção e problemas de humor, como depressão e ansiedade.
Em alguns casos há um claro componente genético, onde um dos pais (normalmente o pai) mostra ou o quadro SA completo ou pelo menos alguns dos traços associados ao SA; fatores genéticos parecem ser mais comuns em SA que no autismo clássico. Traços de temperamento como ter interesses intensos e limitados, estilo rígido ou compulsivo e desajustamento social ou timidez também parecem ser mais comuns, sozinhos ou combinados, em parentes de crianças SA.

Algumas vezes haverá história positiva de autismo em parentes, reforçando a impressão de que SA e autismo sejam às vezes condições relacionadas. Outros estudos têm demonstrado taxa relativamente alta de depressão, uni ou bipolar, em parentes de crianças com SA, sugerindo relação genética pelo menos em alguns casos. Parece que, como no autismo, o quadro clínico seja provavelmente influenciado por muitos fatores, inclusive genéticos, de modo que não há uma causa única identificável na maioria dos casos.

Definindo a Síndrome de Asperger (SA)

Definição:

O novo critério DSM-4 para diagnóstico de SA, com os critérios oriundos do diagnóstico do autismo, incluem a presença de:

Prejuízo qualitativo na interação social, envolvendo alguns ou todos dentre:

Prejuízo no comportamento não-verbal p/ regular à falha no desenvolvimento de relações com seus pares em idade;

Falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros;

Falta de reciprocidade emocional ou social.

Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades envolvendo:

- Preocupação com um ou mais padrões de interesse restritos e estereotipados; - Inflexibilidade a rotinas e rituais não-funcionais específicos;

- Maneirismos motores estereotipados ou repetitivos, ou preocupação com partes de objetos. Estes comportamentos precisam ser suficientes para interferir significativamente com funções sociais ou outras áreas.

Além disso, é necessário não haver atraso significativo nas funções cognitivas gerais,

Auto-ajuda/características adaptativas, interesse no ambiente ou desenvolvimento geral da linguagem.

Cristopher Gillberg, um médico sueco que estudou SA extensivamente, propõe seis critérios para o diagnóstico, elaborado sobre os critérios DSM-4. Seus seis critérios capturam o estilo único dessas crianças e incluem:

1. Isolamento social, com extremo egocentrismo, que pode incluir:
Falta de habilidade para interagir com seus pares.
Falta de desejo de interagir.
Apreciação pobre da trança social.
Respostas socialmente impróprias.

2. Interesses e preocupações limitadas:
Mais rotinas que memorizações.
Relativa exclusividade de interesses - aderência repetitiva.
Rotinas e rituais repetitivos, que podem ser:
Auto-impostos.
Impostos por outros.

3. Peculiaridades de fala e linguagem, como:
Possível atraso inicial de desenvolvimento, não detectado consistentemente.
Linguagem expressiva superficialmente perfeita.
Prosódia ímpar, características peculiares de voz.
Compreensão diferente, incluindo interpretação errada de significados literais ou implícitos.

4. Problemas na comunicação não-verbal, como:
Uso limitado de gestos
Linguagem corporal desajeitada.
Expressões faciais limitadas ou impróprias
Olhar fixo peculiar
Dificuldade de ajuste a proximidade física

5. Desajeitamento motor:
Pode não fazer necessariamente parte do quadro em todos os casos.
Características clínicas.

Sugestões Escolares para Profesores de SA

As rotinas de classe devem ser mantidas tão consistentes, estruturadas e previsíveis quanto possível. Crianças com SA não gostam de surpresas.

Regras devem ser aplicadas cuidadosamente. É útil expressar as regras e linhas-mestras claramente, de preferência por escrito, embora devam ser aplicadas com alguma flexibilidade.

A criança aprenderá melhor quando a área de alto interesse pessoal estiver na agenda. Os professores podem conectar criativamente as áreas de interesse ao processo de ensino.

Muitos estudantes com SA respondem bem a estímulos visuais: esquemas, mapas, listas, figuras, etc. Sob esse aspecto são muito parecidas com crianças com PDD e autismo.

Em geral, tentar ensinar baseado no concreto.

Evitar linguagem que possa ser interpretada erroneamente por crianças SA, como sarcasmo, linguagem figurada confusa, figuras de linguagem, etc.

Ensino explícito e didático de estratégias pode ser muito útil para ajudar a criança a ganhar eficiência em "funções executivas" como organização e habilidades de estudo.

Tentar evitar luta de forças. Essas crianças freqüentemente não entendem demonstrações rígidas de autoridade ou raiva e irão eles próprios tornar-se mais rígidos e teimosos se forçados.

A principal área de atenção à medida que a criança se move através da escola é a promoção de uma interação social mais apropriada, ajudando esta criança a atingir uma melhor sociabilidade. Treinamento formal e didático em habilidades sociais pode ser feito tanto em sala de aula quanto em ação mais individualizada.

É muitas vezes útil usar uma abordagem onde a criança é juntada com outra para absorver alguns encontros estruturados.

Encorajar amizades e reduzir a estimatização.

Deve ser feito esforço para ajudar outros estudantes a entender melhor a criança SA, de modo a obter tolerância e aceitação.

Os professores podem tirar vantagem das fortes habilidades acadêmicas que muitas crianças SA têm para ajudá-los a ganhar aceitação de seus pares. É muito útil se a criança SA tem a oportunidade de ajudar outras crianças às vezes.


Os professores devem ficar atentos para o potencial de problemas de humor, como ansiedade e depressão, particularmente em crianças mais velhas com SA. Embora muitas crianças com SA sejam conduzidas sem medicação e a medicação não cura nenhum dos sintomas principais, existem situações específicas onde a medicação pode ocasionalmente ser útil. Medicação com antidepressivo (por exemplo, Imipriamine ou uma das novas drogas serotonergicas como Fluoxetine) pode ser indica se problemas de humor interferirem significativamente com o funcionamento da criança.

Tentando dar um ensino adequado e um plano de administração na escola, é freqüentemente útil que pessoal de apoio e os pais trabalhem juntos, uma vez que os pais estão mais familiarizados com o que ocorreu no passado para uma dada criança. Também é útil colocar tantos detalhes quanto for possível no Plano de Educação Individual, de modo que o progresso posa ser monitorado e reaproveitado de ano para ano.

Ás vezes será útil a ajuda de um conselheiro.Profissional familiarizado no trato de crianças com a síndrome de Asperger entre outros, como psicólogos, médicos, etc.Em casos complexos a orientação de uma equipe sempre é recomendável.

Principais Dificuldades de Aprendizagem

Dislexia: “É um distúrbio específico da linguagem de origem constitucional caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico [...] A dislexia é apresentada em várias formas de linguagem, freqüentemente incluídos problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar.” (INTERNATIONAL DYSLEXIA ASSOCIATION, 1994 apud ABD).

Dispraxia: “Dificuldade na planificação motora, cujo impacto se reflete na capacidade de um indivíduo coordenar adequadamente os movimentos corporais” (NCLD, 1997, apud BIBLIOTECA DIGITAL);

Disgrafia: “Dificuldade na escrita. Os problemas podem estar relacionados com o componente grafomotor (padrão motor) da escrita (forma das letras, espaço entre palavras, pressão do traço), com a soletração e com a produção de textos escritos.” (NCLD, 1997, apud BIBLIOTECA DIGITAL);

Discalculia: “Dificuldade na realização de cálculos matemáticos” (HALLAHAN, KAUFFMAN e LOYD, 1999, apud BIBLIOTECA DIGITAL);

Dificuldade no processamento auditivo: Dificuldade na “capacidade para perceber as diferenças entre os sons da fala e para seqüênciá-los em palavras escritas; é um componente essencial no que diz respeito ao uso correto da linguagem e à decodificação da leitura” (NCLD, 1997, apud, BIBLIOTECA DIGITAL);

Dificuldade na percepção visual: Dificuldade na “capacidade para observar pormenores importantes e dar significado ao que é visto; é um componente crítico no processo de leitura e escrita” (NCLD, 1997, apud, BIBLIOTECA DIGITAL);

Transtorno do Deficit de atenção (TDA) com ou sem hiperatividade: “Caracterizada por freqüentes estados de desatenção, de impulsividade e, geralmente, por um excesso de atividade motora (hiperatividade) que podem interferir com a capacidade do indivíduo para a aprendizagem; pode ocorrer concomitantemente com outras DA. ” (NCLD, 1997, apud, BIBLIOTECA DIGITAL).

Diagnóstico de Autismo

Classificação Internacional de Doenças (CID-10) publicada pela Organização Mundial de Saúde
(WHO - World Health Organization)
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DO AUTISMO (CID-10) (WHO 1992)


Pelo menos 8 dos 16 itens especificados devem ser satisfeitos.
a. Lesão marcante na interação social recíproca, manifestada por pelo menos três dos próximos cinco itens:

1. dificuldade em usar adequadamente o contato ocular, expressão facial, gestos e postura corporal para lidar com a interação social.

2. dificuldade no desenvolvimento de relações de companheirismo.

3. raramente procura conforto ou afeição em outras pessoas em tempos de tensão ou ansiedade, e/ou oferece conforto ou afeição a
outras pessoas que apresentem ansiedade ou infelicidade.

4. ausência de compartilhamento de satisfação com relação a ter prazer com a felicidade de outras pessoas e/ou de procura espontânea
em compartilhar suas próprias satisfações através de envolvimento com outras pessoas.

5. falta de reciprocidade social e emocional.

b. Marcante lesão na comunicação:

1. ausência de uso social de quaisquer habilidades de linguagem existentes.

2. diminuição de ações imaginativas e de imitação social.

3. pouca sincronia e ausência de reciprocidade em diálogos.

4. pouca flexibilidade na expressão de linguagem e relativa falta de criatividade e imaginação em processos mentais.

5. ausência de resposta emocional a ações verbais e não-verbais de outras pessoas.

6. pouca utilização das variações na cadência ou ênfase para refletir a modulação comunicativa.

7. ausência de gestos para enfatizar ou facilitar a compreensão na comunicação oral.

c. Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, manifestados
por pelo menos dois dos próximos
seis itens:

1. obsessão por padrões estereotipados e restritos de interesse.

2. apego específico a objetos incomuns.

3. fidelidade aparentemente compulsiva a rotinas ou rituais não funcionais específicos.

4. hábitos motores estereotipados e repetitivos.

5. obsessão por elementos não funcionais ou objetos parciais do material de recreação.

6. ansiedade com relação a mudanças em pequenos detalhes não funcionais do ambiente.

d. Anormalidades de desenvolvimento devem ter sido notadas nos primeiros três anos para que o diagnóstico seja feito.

Síndrome de Rett

Síndrome de Rett


É condição de causa até agora desconhecida registrada apenas em meninas,que tem sido diferenciada com base num início, curso e padrão de sintomatologia característicos.
Um desenvolvimento inicial aparentemente normal ou quase normal é tipicamente seguido por perda total ou parcial de habilidades manuais adquiridas e da fala, juntamente com uma desaceleração do crescimento do crânio, que, em geral, tem início entre os 7 e 24 meses de idade.
São caracteríticas particulares, estereotipias de aperto de mão, hiperventilação e perda de movimentos propositais da mão.
O desenvolvimento social e lúdico é interrompido nos primeiros dois ou três anos, mas o interesse social tende a se manter.
Durante a metade da infância, ataxia e apraxia do tronco, associadas a escoliose ou sifoescoliose, tendem a se desenvolver e às vezes há movimentos coreoateóides.
O resultado é invariavelmente um grave prejuízo mental. Convulsões frequentemente se desenvolve durante o início ou meio da infância.

Diretrizes diagnósticas

Na maioria dos casos, o início está entre os 7 e 24 meses de idade.
O aspecto mais característico é a perda de movimentos propositais das mãos e das habilidades motoras manipulativas finas adquiridas.
Isto é acompanhado por perda parcial ou falta de desenvolvimento da linguagem; movimentos tortuosos estereotipados característicos de aperto ou "lavagem das mãos", com os braços flexionados em frente ao tórax ou queixo; molhar as mãos estereotipadamente, com saliva; falta de mastigação apropriada da comida; episódios freqüentes, de hiperventilação; quase sempre uma falha em alcançar controle intestinal e vesical; frequentes salivação excessiva e protrusão da língua e uma perda do envolvimento social.
Tipicamente, as crianças retêm uma espécie de "sorriso social", olhando para ou "através" das pessoas, mas não interagindo socialmente com elas na primeira infância (embora, com frequência, uma interação social se desenvolva mais tarde) a ponto a postura e a marcha tendem a ter uma base alargada, os músculo são hipotônicos, os movimentos do tronco usualmente tornam-se insatisfatoriamente coordenados e escoliose ou cifoescoliose habitualmente se desenvolve.
Atrofia espinhal, com incapacidade motora grave, se desenvolve na adolescência ou idade adulta, em aproximadamente metade dos casos. Mais tarde, uma espasticidade rígida pode se manifestar e é em geral mais pronunciada nos membros inferiores do que nos superiores.
Crise epilépticas, usualmente envolvendo algum tipo de ataque menor e com o início geralmente antes da idade de 8 anos, ocorrem na maioria dos casos.
Em contraste com o autismo tanto auto-injúrias deliberadas quanto preocupações ou rotinas estereotipadas e complexas são raras.

Diagnóstico diferencial

De início, a síndrome de Rett é primariamente diferenciada com base na falta de movimentos propositais das mãos, desaceleração do crescimento do crânio, ataxia, movimentos estereotipados do tipo "lavar as mãos" e falta de mastigação apropriada.
O curso do transtorno, em termos de deteriorazação motora progressiva, confirma o diagnóstico.

Transtorno Desafiador Opositivo

Características Diagnósticas

A característica essencial do Transtorno Desafiador Opositivo é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos 6 meses e se caracteriza pela ocorrência freqüente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos:
- perder a paciência, discutir com adultos, desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos , deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas, responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento, ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros, mostrar-se enraivecido e ressentido, ou ser rancoroso ou vingativo.
Os comportamentos negativistas ou desafiadores são expressados por teimosia persistente, resistência a ordens e relutância em comprometer-se, ceder ou negociar com adultos ou seus pares. O desafio também pode incluir testagem deliberada ou persistente dos limites, geralmente ignorando ordens, discutindo e deixando de aceitar a responsabilidade pelas más ações. A hostilidade pode ser dirigida a adultos ou a seus pares, sendo demonstrada ao incomodar deliberadamente ou agredir verbalmente outras pessoas (em geral sem a agressão física mais séria vista no Transtorno da Conduta).
As manifestações do transtorno estão quase que invariavelmente presentes no contexto doméstico, mas podem não ser evidentes na escola ou na comunidade. Os sintomas do transtorno tipicamente evidenciam-se mais nas interações com adultos ou companheiros a quem o indivíduo conhece bem, podendo assim não serem perceptíveis durante o exame clínico. Em geral, os indivíduos com este transtorno não se consideram oposicionais ou desafiadores, mas justificam seu comportamento como uma resposta a exigências ou circunstâncias irracionais.

ALGUNS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

ALGUNS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Dislexia: A incapacidade de aprender a ler de um indivíduo que possui a capacidade intelectual necessária. Vários são os termos dados a este transtorno como: dislexia específica, dislexia de evolução, e no passado "cegueira verbal congênita".
A dislexia representaria um tipo especial de imaturidade cerebral, na qual se atrasaria a função de reconhecimento visual e auditivo dos símbolos verbais.

Discalculia: Se caracteriza pela dificuldade em qualquer uma das atividades aritméticas básicas, tais como quantificação e numeração ou cálculo aritmético. É causada por disfunção de áreas temporo-parietais. A discalculia está muitas vezes associada à dislexia e também a DAH.
A discalculia ocorre em razão de uma falha na formação dos circuitos neurais, ou seja, na rede por onde passam os impulsos nervosos. No entanto, a discalculia, assim como outros distúrbios de aprendizagem, não é considerada uma doença. Trata-se, de uma dificuldade que pode ser contornada com acompanhamento adequado, direcionado às condições de cada caso.

Dislalia: Transtorno funcional primário que corresponde ao atraso da fala, à linguagem "bebê".
Alguns fonoaudiólogos consideram que a Dislalia não seja um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional. Segundo eles, o som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos, mas diferentes do real, omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra, transposições na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez de máquina, por exemplo) e, por fim, acréscimos de sons.
Precaução: As mães devem ser bem orientadas durante a amamentação e o pré-natal

Recadinho para os Professores:
-Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.
- É importante que o professor articule bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas.
Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. O recomendável é que não se espere muito tempo para avisar a família e procurar um fonoaudiólogo.
- Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites freqüentes, requer maior atenção.
- Os professores devem ser bem-orientados em relação a estes fatores e, para isto, é preciso que haja interação entre eles e os fonoaudiólogos.
- O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças.
- O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.

Atenção: É um evento oculto que não pode ser controlado diretamente. Dessa maneira, é muito parecido com o processo oculto de aprendizagem, que também não apresenta referência direta e só pode ser mensurado pela observação das alterações no desempenho. Infelizmente, a atenção é um pré-requisito da aprendizagem. Se ambos são mensurados por uma alteração no desempenho é devida à atenção imperfeita, à aprendizagem imperfeita ou ambas.
A atenção na aprendizagem refere-se à seleção de estímulos dentre os vários utilizados no processo de aprendizagem, a fim de a ele associar a resposta adequada. A criança precisa dispor da atenção seletiva para discernir dentre tantos estímulos aquele que leva a uma resposta apropriada. A atenção deve estar centrada no conteúdo propriamente, não na forma e recursos utilizados na aprendizagem do mesmo. Ao escutar uma explicação oral, além de preocupar-se com a compreensão da mesma, há uma percepção de tom de voz, sotaque, etc; que também fazem parte do estímulo. Caso a atenção não esteja centrada, (atenção seletiva); ela se desviará, não vingando o essencial. Apraxias: Incapacidade de executar os movimentos apropriados a um determinado fim, conquanto não haja paralisias.

Disfasias/Audiomudez: Transtornos raros da evolução da linguagem. Trata-se de crianças que apresentam um transtorno da integração da linguagem sem insuficiência sensorial ou fonatória; que podem, embora com dificuldade, comunicar-se verbalmente e cujo nível mental é considerado normal.

Disfasia: Transtorno da linguagem - afasia congênita. Cujos transtornos se referem a recepção e análise do material auditivo, verbal e dificuldades com o discurso (perturbações na comunicação verbal).
Gagueira

Ecolalia: Repetição da fala do interlocutor.

Disortografia: Escrita com os erros, pode ser o primeiro ou único achado de exame em caso de dislexia leve não examinado logo no início, podendo ter havido, mas já desaparecido, as dificuldades à leitura. Boa parte dos disléxicos melhora razoavelmente nesta matéria, enquanto ainda cometem muitos erros à escrita. Os disléxicos podem fazer toda a sua escrita em espelho, o que é, entretanto, raro. Quanto aos erros de omissão, o mais freqüente é suprimirem-se letras mudas ou vogais, por exemplo.

Afasia: É a perda parcial ou total da capacidade de linguagem, de causa neurológica central decorrentes de AVC (Acidente Vascular Cerebral), lesões cerebrais nas áreas da fala e linguagem. Conforme a extensão e localização da lesão o paciente pode apresentar um ou mais sintomas.
Sintomas: ·perda total ou parcial da articulação das palavras;
·perda total ou parcial da fluência verbal; dificuldade de expressar-se verbalmente; nomear objetos; repetir palavras; contar; nomear, por exemplo, os dias da semana, meses do ano; ou ainda perda da noção gramatical; ·perda total ou parcial da habilidade de interpretação, não reconhece o significado das palavras.
·ler; ·escrever; ·perda total ou parcial da capacidade de organização de gestos para comunicar o que quer.
Segundo Ketchum, afasia congênita, geralmente se relaciona com lesão cerebral evidente.

Memória: A memória pode ser definida como a capacidade do indivíduo de gravar as experiências e acontecimentos ao longo da vida.
Pode ser dividida em:
Tipos de Material: Verbal ou não verbal
Modalidade de Experiência Sensorial: Visual, Auditiva, Táctil e GustativA
Memória de Curto Prazo: aspecto de memória que envolve lembrança imediata
Memória de Longo Prazo: para informações apresentadas pelo menos há 30 minutos
Memória Remota: para informações que ocorreram há mais de 24 h.
Os transtornos de memória têm sido mais freqüentemente relatados como déficits de habilidade associadas com algum tipo de disfunção cerebral.
03 tipos de memória: - Psíquica: ligada aos mecanismos de esquecimento;
-Cognitiva: referente ao estocar e evocar informações;
-Memória do "Saber Fazer": ligada aos programas genéticos que necessitam de encontros específicos com o ambiente, denominada Memória POTENCIAL ou LATENTE.

Atraso de Linguagem: Considera-se atraso de linguagem crianças que: Até 1 ano e ½ não falam palavras isoladas. A partir dos 2 anos não formam frases.Causas possíveis:
-Quando os pais ou aqueles que cuidam da criança não esperam que a mesma exprima sua vontade, antecipam-se fazendo aquilo que a criança quer fazendo com que a criança não sinta necessidade de falar.
-Quando não há estímulos adequados
-Quando o meio socio-afetivo-cultural não é adequado
-Quando há atraso psicomotor
-Quando à perda auditiva parcial ou total
-Quando a problema neurológico.
Tratamento: Fonoaudiológico- Será identificado o nível de linguagem, as causas do atraso, orientação da participação familiar.

Hiperatividade: A imagem composta da primeira infância e da meninice das crianças hiperativas é a de crianças que têm dificuldade de alimentar-se, de dormir, estão muitas vezes em mau estado de saúde e não aprendem a falar ou só falam adequadamente após os três anos de idade ou mais.

http://grupoaio.blogspot.com/search/label/EDUCA%C3%87%C3%83O%20ESPECIAL

Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar

Sinopse:Trata da aprendizagem humana e dos diversos fatores que conduzem ao fracasso escolar. Traz detalhado a descrição de sessões de psicopedagogia.

Oficina Criativa e Psicopedagogia

Oficina Criativa e Psicopedagogia

Autora: Cristina Dias Allessandrini
Editora: Casa do Psicólogo
Sinopse:A autora combina de forma criativa e eficaz seu conhecimento de psicologia e arte-terapia, criando um trabalho novo e enriquecedor para as ambas as áreas. 
 
 
 

Atuação Psicopedagogica e Aprendizagem Escolar

Atuação Psicopedagogica e Aprendizagem Escolar

Autor(a): VÁRIOS AUTORES
Editora: Vozes
Sinopse:Reunião de textos produzidos por professores e psicólogos do grupo de estudo e pesquisa em psicopedagogia da Unicamp. 
 
 

Problemas na Escola: uma História Sobre Dificuldades de Aprendizagem

Problemas na Escola: uma História Sobre Dificuldades de Aprendizagem

Autor(a): ALLISON BOESEL DUNN, KATHRYN BOESEL DUNN
Editora: Artmed
Sinopse: Esta é a história da descoberta feita por uma família sobre o que são as dificuldades de aprendizagem, como elas aparecem e interferem na vida das crianças e suas famílias desde as primeiras séries escolares.Embora as dificuldades de aprendizagem sejam comuns, para cada criança e família elas são uma experiência pessoal e perturbadora, principalmente se acompanhadas de dificuldade de entendimento da situação.Este livro é o resultado da experiência real de Allison e sua família, e conta como se apresentavam as dificuldades de aprender que a impediam de gostar da escola, bem como os passos do processo de diagnóstico necessário para saber ao certo o que se passava com ela e como resolver o problema. Descreve, então, o acompanhamento recebido, passando por todas as dúvidas, ansiedades e estresse enfrentados.
 
 

Dificuldades De Aprendizagem: O Que São? Como Tratá -las?

Editora: ARTMED - BOOKMAN
Sinopse:Neste livro a psicopedagoga Nadia A .Bossa aborda a questão da dificuldade de aprendizagem escolar, apontando suas causas e formas de tratamento. Ressalta a importância da família e do professor no processo de aprendizagem e enfoca os procedimentos da ação psicopedagógica na clínica e na escola. 
 
 

A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família

No Mundo da Lua

No Mundo da Lua

Autor: PAULO MATTOS

Editora: Lemos Editorial
Sinopse: Como se definir alguém que parece estar pensando em outra coisa enquanto está estudando, trabalhando e em várias outras situações do cotidiano? Muitas vezes, pessoas desatentas são também impulsivas, trocam a toda hora de idéia e dificilmente levam até o fim as tarefas iniciadas. Na verdade, elas sofrem de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade/Impulsividade (abreviado como TDAH, em português, ou ADHD, em inglês). Muitas vezes passam anos, ou até mesmo a vida inteira, sem saber que têm o distúrbio. Foi pensando nestas pessoas (que podem ser crianças, adolescentes e adultos) que o psiquiatra Paulo Mattos escreveu "No Mundo da Lua".
 
 

Avaliação Psicopedagógica da Criança de 7 a 11 Anos

Avaliação Psicopedagógica da Criança de 7 a 11 Anos
Autor: Nadia Aparecida Bossa & Vera barros Oliveira
Editora: Vozes
 
 

Psicopedagogia clínica: manual de aplicação prática para diagnóstico de distúrbios de aprendizagem

As 5 linguagens do AMOR

As 05 linguagens do amor
Trabalhando com os pais e professores as linguagens de amor dos filhos e dos alunos
Todos nós baseamos nossa comunicação nas 05 linguagens do Amor. Com a criança não é diferente, cada uma possui uma linguagem principal e por meio desta, compreende e comunica o seu amor para os pais. Os pais devem investir no desenvolvimento da linguagem principal de seu filho (a), o mesmo poderá ser aplicado pelos professores, haja vista que por meio do entendimento de que é amada a criança crescerá e tornar-se-á um adulto equilibrado, amável e útil na sociedade, como está escrito na Palavra de Deus: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele". Provérbios 22:6
As 05 linguagens do Amor
Contato Físico
Beijar e abraçar são as linguagens mais fáceis de demonstrar o amor. Apesar de ser a linguagem mais simples, muitos pais só tocam em seus filhos para dar banho, trocar sua roupa e ao adormecerem leva-os para a cama. As crianças necessitam ser tocadas por todas as pessoas que a cercam, beijar e abraçar demonstra afeto e carinho. Os meninos e meninas necessitam igualmente de demonstração física, o afeto, não prejudica a sexualidade do menino, quanto mais cheio o seu tanque emocional, mais saudável sua autoestima e identidade sexual. Contatos físicos através de jogos e brincadeiras devem fazer parte do convívio familiar e escolar. A correção com agressividade física pode magoar profundamente a criança. Converse com a criança antes de tomar qualquer atitude neste momento.
Reflexão: Você abraçou ou beijou o seu filho hoje?
Palavras de Afirmação
A palavra positiva nutre o senso de valor e segurança, marcam a memória. Palavras negativas podem prejudicar a autoestima e lançar dúvidas sobre a capacidade da pessoa. Devemos elogiar o que a criança faz, bom comportamento ou atitudes conscientes devem ser realçados para que o estimule a praticá-los constantemente. O elogio deve ser sincero e usado de maneira adequada para não perder o efeito. Procure falar palavras de encorajamento, motivando-a a fazer sempre o melhor e nunca desistir.
A orientação dos pais desenvolve a moral e ética na criança, o certo e o errado, devem ser conduzidos de forma tranquila, dando autonomia para a criança para que ela compreenda cada situação apresentada a ela. Utilize materiais de apoio, como: artigos, histórias, reportagens, etc. para ilustração do ponto de vista a ser analisado. A mesma sugestão cabe ao professor em sala de aula.
Reflexão: Oriente sempre seu filho para que outro não o faça. Adote seu filho antes que um bandido o adote.
Qualidade de Tempo
Esta linguagem está associada à atenção concentrada e exclusiva, um sacrifício por parte dos pais e dos cuidadores, inclusive professores. Abrir mão das nossas preferências para atender à criança, realizando algo junto, sem pensar nos afazeres, interagindo de fato com o outro. Incluir contatos visuais é um poderoso meio para demonstrar o seu amor direto ao coração da criança.
Nestes momentos, os pais e ou professores têm a oportunidade de conversar com seus filhos ou alunos e de conhecê-los melhor. Conversa de qualidade. Contar histórias sejam elas criadas, lendas, história de vida, enfim, todos os dias é uma maneira de iniciar um ritual na hora de dormir. Trabalhar sentimentos e dialogar abertamente sem recriminá-lo é uma outra forma de educá-los para a vida.
Reflexão: Você conta histórias para seu filho? Comece a contar a sua história de vida.
Presentes
Dar e receber presentes como uma forma de demonstrar o amor, é presentear sem nada em troca, sem depender do merecimento, é uma atitude de demonstração de afeto. Procurar presentes significativos para à criança, evitando que sejam sempre de lojas e caros. Fazer surpresas como cartas no travesseiro, bilhete na porta, um jantar sem aviso, pode ter mais valor do que um brinquedo.
Evitar excesso de presente, para que as crianças não se tornem adultos materialistas, comprometendo desta maneira na formação de seu caráter, os ensinado a relacionar com as pessoas não por interesse ou troca. Procure entender o desejo da criança, discernindo se o pedido é passageiro ou duradouro.
Reflexão: Antes de comprar um brinquedo para seu filho, pense na mensagem subliminar que ele traz, e se contradiz a educação que deseja alcançar.
Atos de serviço
Em qualquer relacionamento, procuramos agir fazendo coisas para agradar ao outro. Para os pais, a motivação principal não deve ser de, fazer o que os filhos querem, e sim, o que é melhor para a criança. Portanto, os pais devem estar atentos quanto a sua condição física e emocional, para atender as crianças. O corpo e a mente devem estar equilibradas e saudáveis, sabendo que a paternidade envolve atos de serviço 24 horas por dia, fazendo por eles o que ainda não são capazes; agindo com os filhos de acordo com a sua idade.
Ensinar ao filho, sendo o seu modelo, torna-o mais maduro e responsável. Pois criança aprende vendo e não ouvindo. É necessário, incentivá-lo nas suas habilidades e talentos, deixando que ele aprenda com os erros sem criar a falsa ilusão de incapacidade, ofereça oportunidades de experimentarem a atividade que apresenta dificuldade em situações e momentos diferentes.
Ensinar a criança atos de serviço, você estará contribuindo com o desenvolvimento da compaixão, bondade, solidariedade...
Reflexão: É importante que a família sirva a pessoas fora do seu convívio sem esperar nada em troca, que tenha amizades antigas, convívio com vizinhos recebendo-os em sua casa, trabalhos voluntários, encontro da família uma vez por semana. A escola deve ajudar auxiliando a educação das crianças com projetos voltados para ética e cidadania.
Atividade para os pais e professores

Dinâmica
Separam-se os participantes em 05 grupos. Cada grupo recebe uma linguagem doa mor, com o desafio de sugerir 03 dicas de como encher o tanque do amor dos filhos ou alunos, as dicas devem ser dramatizadas pro membros da equipe.

Livro: Ação psicopedagógica na sala de aula: uma questão de inclusão


Livro: Andragogia

Livro: Mentes Inquietas - Ana Beatriz Barbosa Silva